quarta-feira

Duas taças e uma garrafa

Sua natureza não disfarça:
Seus lábios ferventes que copulam na taça
Aos seus suspiros que revelam vossa angustia lassa.
Pensaria: serás minha?
Nada foi. Nada será. Recairei à sina.
Sem me abster, sou consumido por sua graça daninha.
E quando encontrei. Vi que jamais vinha.
Cansei. Virei a garrafa. Sequei a taça.
É o tormento que jamais passa.

Um comentário:

  1. Muito boa construção. Seu estilo poético me parece bem sólido. Gostei muito da sonoridade que você conseguiu obter pela intercalação das rimas. Enfim, muito bom trabalho.

    Como seguidor do blog "O Filósofo", convido-o a conhecer também nosso trabalho poético no "Protheus". Seria muito bem vinda uma crítica de um poeta em que vejo tanto talento.

    abraços do

    http://protopoetica.blogspot.com

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